sábado, 26 de março de 2011

Em Curitiba...


No Teatro da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280), perto do Teatro Guaíra, dias 30/03 - quarta (21h), 31/03 - quinta (19h), 01/04 - sexta (21h), 02/04 - sábado (15h e 19h) e 03/04 - domingo (21h).

Nos links acima você encontra mais informações sobre o nosso trabalho e também sobre os espetáculos que integram a Mostra.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 11

E chegamos à Laguna.

Último dia da primeira etapa do EmCenaCatarina, projeto promovido pelo SESC-SC que nos levou para 09 cidades de Santa Catarina realizando 11 apresentações do espetáculo Pequeno Inventário de Impropriedades.

Em Laguna o espetáculo foi realizado no Centro Cultural Santo Antonio dos Anjos e contou com a participação de, além das pessoas da comunidade, alunos da Fundação Bradesco.

E, eu sei que já está ficando chato tocar neste assunto, mas ficou super claro quando um trabalho de circulação de espetáculos é aliado a uma boa formação e preparação de um público escolar o quão poderoso ele pode se tornar.

A recepção do espetáculo pelos alunos foi surpreendente. Vários deles fizeram questão de vir conversar conosco após a apresentação e questionar pontos relativos ao que haviam acabado de assistir.



E, com esta apresentação, terminamos esta primeira etapa.

Seria redundante dizer o quanto foi importante para a Cia. poder passar por tantas cidades diferentes em tão pouco tempo. As diferentes montagens e os diferentes públicos que experimentamos nos trouxeram muitas idéias e muitas questões relativas ao nosso próprio trabalho.

Estamos convencidos, cada vez mais, do poder do teatro em sensibilizar pessoas para as mais diferentes questões contemporâneas. E poder realizar isto, com um espetáculo que tenta fugir dos clichês da televisão e do cinema, é uma felicidade tamanha que fica difícil descrever.

Bom... em novembro tem mais 13 cidades e 13 apresentações.... até lá, estamos na lida!



terça-feira, 22 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 10


Quando se está "na estrada", é assim: palco alto, palco baixo, lugar pequeno, lugar minúsculo, lugar enorme... acústica boa e ... bom, oi? Acústica? O que é isso?

E eis que chegamos à Tubarão!!! Nossa apresentação foi na tão temida "bolha" da Unisul.

Temida porque é um espaço muuuito grande, com um palco alto e com uma acústica bastante complicada. e, convenhamos, quando você está na décima apresentação seguida de um espetáculo que você faz sozinho... parece ser um obstáculo intransponível.... mas não foi.

A apresentação em Tubarão foi bastante boa... e apesar dos percalços, contamos com a paciência do Marcos (técnico de cultura do SESC da cidade) para receber o grupo no penúltimo dia de nossa primeira etapa no EmCenaCatarina.



Na estrada - EmCenaCatarina - dia 09


Acho que a minha cara na foto acima resume de forma bastante precisa o saldo da apresentação do nosso Pequeno Inventário de Impropriedades na cidade de Criciúma: Um público bastante receptivo. Um bate-papo cercado de amigos teatreiros. De novos amigos. De ex-colegas de trabalho. Ou seja... de amigos!

Dali, fomos para a Cachaçaria Água Boa... comer escondidinho, botar a fofoca em dia e matar um pouco a saudade. Perfeito!


segunda-feira, 21 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dias 07 e 08


Os posts estão um "pouquinho" atrasados, ou seja, hoje vamos falar das apresentações dos dias 16 e 17/março, na cidade de Lages.

Foram duas na cidade, em locais diferentes. A primeira foi na Pousada Rural do SESC, um local lindo que fica a 17 km do centro da cidade. O público veio, em grande parte, da cidade de Otacílio Costa (40min) através da Fundação Cultural da cidade. Inclusive, contamos com a presença da Presidente da Fundação e várias professoras do município.

A foto acima é do cenário montado na Pousada que acabou contando com uma grande proximidade da platéia. Foi uma daquelas apresentações em que era possível ver os olhos do público. Abaixo temos a turma de mulheres que ficou para o bate-papo... aliás, a platéia do espetáculo era quase toda feminina.

No segundo dia tivemos a apresentação no Teatro do SESC. O espaço como podem ver na foto abaixo era bem menor do que estamos acostumamos a apresentar. Mas, quando estamos num projeto de circulação, a palavra "adaptação" passa a ser muito frequente no seu dia-a-dia.

Mas, ao contrário de Joaçaba, onde tivemos uma platéia com estudantes do ensino médio que participaram de forma exemplar durante a apresentação, o mesmo não aconteceu com os adolescentes que assistiram ao espetáculo em Lages.

Nesse caso, parece que não houve nenhum tipo de preparação / diálogo com o público que, obviamente, não estava acostumado com a 'ida ao teatro'. Essa experiência só nos reafirmou a crença de que para "formar platéias" não basta oferecer espetáculos ao público. É necessário o empenho também dos professores e responsáveis por esta participação em esclarecer certas questões, principalmente a diferença entre as linguagens do cinema e da TV (que nosso público está tão acostumado) com o Teatro: uma arte que acontece "diante" do público.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 06


Nossa sexta apresentação do espetáculo Pequeno Inventário de Impropriedades durante o EmCenaCatarina foi na cidade de Joaçaba.

A cidade "ainda" não tem uma unidade do SESC em pleno funcionamento, até o momento funciona apenas o setor de odontologia e a passagem pela cidade de alguns espetáculos dos vários circuitos que a instituição oferece.

Em compensação, o Teatro Alfredo Sigwalt é um espaço belíssimo, com uma acústica super boa e nosso espetáculo aconteceu com muita tranquilidade ali.

O público era formado por alunos de graduação de artes cênicas da recém universidade em funcionamento na cidade, pessoas que já estão ligadas nas atrações que o SESC está trazendo para a cidade e alunos do ensino média (3o ano) cujo professor inicia estágio nessa semana.

No bate-papo que ocorreu logo após a apresentação, além da conversa sobre os aspectos técnicos da construção do espetáculo, falamos também sobre a dificuldade de apresentar para uma platéia pouco habituada com o teatro e da consequente importância de projetos de circulação como este do SESC.

Um dos pontos mais destacados durante o bate-papo foi a necessidade/importância de mostrar trabalhos teatrais que fujam da linguagem televisiva e/ou cinematográfica. Buscando encontrar e oferecer ao público uma experiência que seja genuinamente teatral, uma opção ao que a platéia está acostumada a ver.

Em Joaçaba, tivemos ainda a presença na platéia dos amigos Jovani Santos e esposa que vieram de Chapecó especialmente para nos assistir, visto que compromissos deles os impediram de assistir nossas apresentações naquela cidade.

E seguimos, próxima parada: Lages!

Fotos por Aline de Góes.

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 05


E chegamos à Concórdia!
Nossa quinta apresentação foi no auditório da FABET, um espaço um pouco longe da cidade mas que tinha uma das coisas que mais tínhamos sentido falta até este momento: altura perfeita dentro do palco.
Como nós trabalhamos com projeção de vídeo no Pequeno Inventário de Impropriedades, sempre é bom quando o palco tem, no mínimo, uns 04 metros de altura. Dessa forma, o espaço ganha bastante amplitude e plásticamente/visualmente o espetáculo se torna mais interessante.
Além disso, a técnica de cultura do SESC daqui - Patrícia Galleli - providenciou a participação de umas turmas de estudantes dos cursos mantidos por esta instituição que, unidas ao público espontâneo, somou um dos maiores públicos do circuito até agora.

Na foto acima vocês vêem o nosso iluminador - Vitor Zimmermann - ensaiando para tomar meu lugar no espetáculo... sim! há cheiro de conspiração no ar!!! Abaixo temos fotos do saguão do espaço e da platéia!

Antes da apresentação:





...e durante o bate-papo com estudantes da universidade e alguns artistas locais que vieram assistir ao espetáculo:


Nas fotos abaixo:
01) Nosso motorista e super ajudante de montagem Paulo Renato, ops, Roberto!
02) Vitor super borrado e o técnico de iluminação que nos acompanha Jairo.
03) A visão que Aline teve para operar o som e a projeção neste dia.

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Todas as fotos deste post foram feitas por Aline de Góes... sim, porque a gente canta, dança, representa, tira foto e habla spañol!

domingo, 13 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 02, 03, 04


As viagens continuam e saindo de São Miguel do Oeste fomos direto para Chapecó.

Chegamos à unidade do SESC e fomos recebidos pela querida Camila Miotto e seu novo parceiro Dante.

A cidade de Chapecó e seu delicioso teatro para 100 pessoas já é nossa conhecida. Estivemos no ano passado fazendo apresentações de nossos outros dois espetáculos ali.

As duas apresentações ocorreram com tranquilidade, mas infelizmente para um público reduzido (aproximadamente 50 pessoas por apresentação). Depois, alguns amigos vieram justificar por facebook e/ou msn a ausência.... mas, não tem perdão!!!! Já estão todos na lista negra!!! (risos)




De Chapecó, fomos para Xanxerê (assim, do ladinho!). No auditório do Colégio Costa e Silva, tivemos uma grata surpresa. Se o público também não foi muito grande, foi super receptivo ao espetáculo.

Os projetos do SESC sempre propõem que se realize uma conversa após a apresentação. De todos os bate-papos que tivemos, neste quase todas as pessoas que assistiram ao espetáculo, permaneceram para conversar.

E o assunto foi dos mais variados. Desde o básico (sobre a Cia, sobre o tempo de ensaio da peça) até reflexões mais interessantes sobre a ruptura com a linearidade (no espetáculo e no mundo atual), a violência e sobre esquizofrenia. Parabéns Morgane (técnica de cultura da unidade do SESC) pelo trabalho de formação desenvolvido na cidade.



Após o espetáculo, ainda fomos recepcionados pelo "Seu Galelli" para um jantar em sua casa. Amigo de longa data (desde quando comecei a trabalhar com teatro) e diretor do Grupo Excelsior de Teatro da cidade de Xanxerê, fez alguns comentários super interessantes sobre o espetáculo e nos brindou com a possibilidade de "dar uma espiada" em sua biblioteca, que deixa muitas universidades brasileiras de teatro no chinelo.

Por enquanto é isso... logo logo voltamos com mais notícias. Hoje temos espetáculo em Concórdia (auditório da FABET), amanhã em Joaçaba (Teatro) e depois chegamos à Lages (Teatro do SESC e Pousada - 02 dias por lá).

sábado, 12 de março de 2011

Crítica por Marco Vasques!

Téspis Cia. de Teatro faz turnê por Santa Catarina
By Marco Vasques
Publicado originalmente na Revista Osiris, em 11/03/2011


A Téspis Cia. de Teatro faz turnê, durante todo o mês de março, pelo interior do estado Santa Catarina com espetáculo Pequeno inventário de impropriedades. O grupo que tem em seu repertório trabalhos como Lili reinventa Quintana [trabalho realizado a partir da obra do poeta Mario Quintana], A ingênua [baseado na obra da dramaturga argentina Griselda Gambaro] faz, agora, com Pequeno inventário de impropriedades o circuito EmCenaCatarina promovido pelo SESC. É preciso dizer que o teatro catarinense vive o melhor ciclo dos últimos 20 anos, pois não são poucas as companhias que acumulam mais de década de atividades contínuas e com repertório consistente e vasto. A Téspis Cia. de Teatro, por exemplo, está próxima de completar 20 anos de atividades ininterruptas. E é na constância do exercício que a companhia chega ao espetáculo Pequeno inventário de impropriedades que, sob nosso ponto de vista, é um dos melhores trabalhos do grupo. A dramaturgia surge de uma espécie de diário poético que o ator Max Reinert escrevia em seu blog homônimo. Poemas, contos, fragmentos de prosa poética que ele redigiu no blog foi, aos poucos, tomando um eixo-poético-visual que resultou numa dramaturgia perturbadora e que questiona os dias de morte em vida que o personagem passa. Que tal você acordar um dia e perceber que sua vida é amorfa, que você não tem muito motivo para estar no mundo, que as pessoas não se importam com suas dores e que você só é um “ser economicamente viável”. E perceber que vivemos numa moenda insana e somos a roda da máquina de produzir nulidades. E assim a vida escorrega pelas mãos. Contudo você percebe que pode e deve ir além e então resolve ter personalidade, ser autêntico e fazer da sua existência algo mais que comer, beber, falar umas bobagens e dormir até envelhecer e morrer. E é obvio que esta opção tem um preço, um alto preço. O espetáculo Pequeno inventário de impropriedades, escrito e interpretado pelo ator Max Reinert, nos coloca na posição fronteiriça entre seguir ou não-seguir às exigências diárias, entre aceitar ou banir a pasteurização completa da vida e, sobretudo, nos coloca face a face com o próprio ato de existir. O que está em questão é sim a existência e o seu sentido ou seu não-sentido. Camus, no livro O mito Sísifo, explora até as últimas consequências o que Max Reinert, dirigido por Denise da Luz, ilumina no palco. O trabalho tem um cenário mínimo [uma cadeira, um balde, cama emoldura por imenso tapete vermelho e enorme lençol branco ao fundo para as projeções de imagens]. E o palco inteiro para Max Reinert, num monólogo vertiginoso, coreografar a luz e as trevas de um personagem que pode muito bem ser qualquer espectador numa manhã qualquer. Pequeno inventário de impropriedades é fragmento que inteira. É poesia em movimento. É imagem capaz espantar o mais exigente dos artistas visuais. O que impressiona no trabalho é a capacidade que a direção teve de, ao utilizar outras linguagens, não apagar a figura do ator. Não raro espetáculos que usam de múltiplas linguagens abduzem o ator até sua arte virar apenas um apêndice. Há quem defenda este hibridismo completo. Não é o nosso caso. E Max Reinert está no seu momento como ator. Achou o ritmo do corpo, da voz e sua presença no palco. Ele domina o público. Faz do palco, praticamente vazio e imenso, sua arena de desejos e teatralidade. É bonito e emocionante ver um ator solto no palco, tratando sua arte na dimensão que Max Reinert alcançou. Faz o seu trabalho parecer fácil, natural como o voo de um pássaro. O diálogo com as mídias digitais ocorrem na medida exata. A direção do espetáculo é precisa, justa. Pequeno inventário de impropriedades é um grito contra a mecanização do homem em suas relações e em seus múltiplos sentidos. É estética da palavra, aliás, é a palavra a serviço da dramaturgia [Barthes]. É na imagem e no silêncio que mora a voz deste personagem que nos chega abrindo feridas e expondo as nossas fragilidades. Há apenas um pecado em Pequeno inventário de impropriedades. A peça-poema se torna redundante em suas referências simbólicas. O trabalho finda ao se projetar um poema, fruto da escrita de Reinert, em pleno combate com o ator. Neste ponto do espetáculo tudo já foi dito, tudo já foi apresentado, mas o grupo opta pela permanência do ator no palco para um pequeno epílogo. Uma coda inútil e redundante. Uma exacerbação que esgarça e atenua todo impacto poético produzindo anteriormente. E do próprio ator a frase: “Um ator, se tiver talento e trabalhar a vida toda, muito provavelmente terá uma carreira significativa.” A Téspis Cia. de Teatro já tem seu espaço assegurado na história de nosso teatro. Denise da Luz e Max Reinert têm seus nomes afirmados pelo longo, responsável e aplicado trabalho que vêm fazendo. Portanto, não deixem de apreciar a arte que chega em sua cidade. A programação com datas e cidades está em (www.tespisfpolis.blogspot.com). Bom espetáculo!! Ah! Pequeno inventário de impropriedades estará no Festival de Teatro de Curitiba que começa no final de março.

Fotos de Marco Vasques feitas durante o Festival de Teatro da FECATE, em Brusque (SC).

sexta-feira, 11 de março de 2011

...repercutindo...

Se o teatro é uma arte que só se completa na "relação" que estabelece com a platéia, é sempre uma grata surpresa encontrar no twitter (e onde for) alguém que se sensibilizou com nosso trabalho.

A apresentação de São Miguel do Oeste nos trouxe uma dessas gratas surpresas...e se conseguimos fazer com que pelo menos uma pessoa tenha estabelecido essa relação, já ficamos satisfeitos.




E que, de pouquinho em pouquinho, possamos ir conquistando mais pessoas através da arte!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Na estrada - EmCenaCatarina - dia 01

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Dizem que o ano só começa mesmo após o carnaval, não é mesmo? Pois é... cumprindo essa máxima, já colocamos o pé na estrada no último dia do feriado para começar as apresentações do espetáculo Pequeno Inventário de Impropriedades dentro do projeto EmCenaCatarina, promovido pelo SESC - SC.

12 horas de viagem, saindo de nossa sede em Itajaí para chegar a nossa primeira parada: São Miguel do Oeste.


E foi uma ótima surpresa encontrarmos uma platéia lotada (200 pessoas) e super receptiva, logo na quarta-feira de cinzas. Podemos dizer que começamos a viagem com o pé direito... ou melhor seria dizer que começamos o "ano" com o pé direito?

A cidade de São Miguel do Oeste fica no extremo de Santa Catarina, pertíssimo da divisa. É uma cidade relativamente pequena e, por isso, não tem teatro. Nossa apresentação aconteceu no auditório do Colégio La Salle, bairro Peperi e foi necessário a "adaptação" do espaço para podermos realizar o espetáculo.

Uma empresa de iluminação/sonorização viaja acompanhando a gente durante esta turnê e "providencia" todas as necessidades técnicas para a realização das apresentações. Obviamente só conseguimos fazer apresentações nesta cidade porque o SESC - SC é o responsável por todos estes custos.

Próxima parada, dias 10 e 11/03 em Chapecó!

Fiquem com mais imagens da montagem/apresentação/platéia daqui!