sábado, 31 de outubro de 2015

Intervenção "Costume" em Itajaí






















"Nesta manhã de sábado, o calçadão Hercílio Luz seguia seu ritmo de costume até ser interrompido pela imagem de duas noivas sem rosto. A intervenção "Costume", da Téspis Cia de Teatro, marcou presença no II Provocações Urbanas atravessando o centro da cidade de uma igreja a outra.A cada apito do diretor de preto, o caminhar das noivas envolvia uma queda e uma ascenção. O corpo caído era contornado por tinta, deixando o rastro da presença física no chão. Metáforas podem surgir para além das camadas dos vestidos: duas mulheres que caem, a noiva que não é mulher, os olhos vivos e a boca coberta, duas noivas em frente a igreja, a queda, o apito controlador, o homem de preto, o corpo marcado no chão, as mulheres sem face, o levantar constante. Difícil não ser mobilizado por esta ação. Difícil buscar enquadramentos para além dos nossos próprios costumes." 

[Texto: Leandro Maman ]
[ Fotos: Sandra Coelho]



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Téspis vai pra rua essa semana!

A Téspis Cia. de Teatro participa, nessa semana, do evento Provocações Urbanas


O “II Provocações Urbanas” é um evento interdisciplinar de arte na rua, que tem como proposta deslocar as pessoas de seu movimento cotidiano, e infiltrar na rotina uma dose inesperada de poesia em suas mais diversas manifestações. 

A curadoria e produção é feita pelo Eranos Círculo de Artes de Itajaí que prioriza manifestações de arte que utilizam o meio urbano como matéria prima para criação artística, causando provocações inesperadas e corrompendo de certa forma o ritmo urbano. O SESC é correalizador do evento, e conta com o patrocínio da Prefeitura de Itajaí e Fundação Cultural de Itajaí através do edital de eventos comunitários.

Participam do evento, além da Téspis, os artistas Mauro Caelum, Grupo Risco Teatro, Sandra Coelho, Leandro de Maman, Franzoi e Sergio Adriano H.

No sábado, dia 31 de outubro, a partir das 10h, a companhia apresenta a intervenção "Costume".

Com o que você se acostumou hoje? é a pergunta que serviu como ponto de partida para este trabalho. Misto de teatro, performance, hapenning e intervenção urbana, “Costume” se inspira nos trabalhos do artista polonês Tadeuz Kantor (1915 – 1990) que tinha como diretrizes para suas criações a utilização de grandes espaços cênicos (suas possibilidades de expansão e contração), os objetos (sejam eles bonecos ou próteses / extensões para os atores) e a repetição (tanto de ações como imagens / ecos de uma realidade anterior).

Veja a programação completa do evento aqui!


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um, Dois, Três: Alice em Brasília


Após passar por Florianópolis, dentro da programação do 22º Festival Isnard Azevedo, "Um, Dois, Três: Alice!" já se prepara para mais uma viagem. No dia 24 de outubro (sábado, 15h e 17h), o espetáculo desembarca no Teatro da CAIXA - CAIXA Cultural Brasília, dessa vez participando do 4º FESTIBRA - Festival de Teatro para a Infância de Brasília.

A 4º edição do FESTIBRA acontecerá de 22 a 31 outubro em diversas cidades do DF, serão 26 apresentações com entrada franca. Em outubro, durante 10 dias, as crianças de Brasília serão presenteadas com a programação do 4º festibra, uma comemoração da diversidade cultural brasileira. Os grupos selecionados são do DF e vários estados e farão uma mostra das múltiplas linguagens cênicas para as crianças: Circo, dança, bonecos e folguedos. Os artistas terão a oportunidade de intercâmbio com outros grupos e poderão mostrar seus espetáculos por diversas localidades, trocando experiências e amadurecendo suas produções.

Foto: Luiz Krambeck - Dz Fotografia

Livremente inspirado em "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll, esta montagem explora a ludicidade tanto no jogo corporal dos atores como no uso de objetos em cena. Para contar a aventura de Alice que mergulha em um mundo cheio de enigmas e fantasias, a Téspis Cia de Teatro, lança mão de diversos elementos, como: cenários que se movem e se transformam em diversos ambientes, objetos de brinquedo que ajudam a compor os personagens e a utilização de projeção de vídeos. O Coelho Apressado, A Rainha de Copas, A Duquesa, A Lagarta, O Chapeleiro Maluco, Os Animais da Floresta, As Cartas de Baralho e Alice, encontram-se novamente para recontar essa história que tem mais de 150 anos, mas não deixa de encantar crianças e adultos.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tem ESSE CORPO MEU? e UM, DOIS, TRÊS: ALICE! no Floripa Teatro


A Téspis Cia. de Teatro participa, na próxima semana, do Floripa Teatro - 22º Festival Isnard Azevedo com dois espetáculos!

O ano era 1994. A Téspis Cia. de Teatro tinha acabado de nascer e recém estreava seus primeiros trabalhos. Um destes trabalhos chamava-se "O Contador de Histórias" e era a primeira incursão do grupo pelo teatro de bonecos. Com direção coletiva de Daniele Couto, Denise da Luz e Max Reinert, esse trabalho foi o primeiro espetáculo do grupo a se classificar em um festival. Era o 2º Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo em Florianópolis e dali, várias portas se abriram para nós!

Eis que, 20 anos depois, nós retornamos ao Isnard, agora rebatizado de Floripa Teatro - Festival Isnard Azevedo, para nossa sexta participação (além de "O Contador de Histórias", já apresentamos "Menino Navegador", "O Pequeno Planeta Perdido", "Bodas... - um ato cotidiano" e "Medeia"). E, neste ano, teremos a honra de realizar a abertura oficial deste que é o maior festival do estado e um dos mais importantes do país.

No dia 17 de outubro, as 21h, "Esse Corpo Meu?" sobe ao palco do Teatro Ademir Rosa, no CIC - Centro Integrado de Cultura, para fechar este ciclo aberto há tanto tempo e, esperamos, abrir outro. Mas não paramos por aí!  No dia 19, tem mais Téspis no Floripa Teatro: "Um, Dois, Três: Alice!" se apresenta dentro da programação de espetáculos para crianças. Dessa vez, o endereço é o Circo da Dona Bilica, no sul da ilha de Floripa e as funções acontecem as 14h30 e 20h.



"Esse Corpo Meu?"
Criada como coprodução entre a Téspis Cia. de Teatro e a Periplo, Compañia Teatral de Buenos Aires, Argentina, tem a direção de Diego Cazabat e no elenco, Denise da Luz e Max Reinert, são dois corpos a procura de uma identidade:

O que é feminino? O que masculino? O que é um corpo bonito? O que é ser normal? Esse corpo meu? O espetáculo discute os padrões sociais em que tentamos nos enquadrar todos os dias, para sermos aceitos, para sermos felizes. Dentro de uma linguagem performática, onde várias cenas são apresentadas sob forte impacto musical para formar um conjunto, a peça que investe no trabalho corporal dos atores e tem textos apenas em off, desfila, de uma maneira bem humorada, um panorama de conflitos sobre padrões de gênero, de beleza, de moda e do que sobra afinal, de original, em cada um de nós.

A produção, estreada em março de 2014, foi realizada através do Edital Iberescena de Coprodução entre países iberoamericanos e do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura do Governo do Estado de Santa Catarina. Desde sua estreia, o espetáculo já passou por 09 festivais nos estado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.




"Um, Dois, Três: Alice
Para reconstruir o universo fantástico criado por Carroll, a Cia. apostou na ressignificação dada para objetos comuns e cotidianos, encontrados facilmente na casa de qualquer pessoa. Além disso, através do jogo de cena apresentado pelos atores, o espetáculo abre um campo imaginário facilmente reconhecível nas brincadeiras infantis. Onde, nesse caso, todos podem ser Alice e correr atrás do coelho, ou ser o Chapeleiro Maluco e se deliciar com um pontual e inusitado chá das cinco.

Se por um lado tudo já parece ter sido feito com esta obra, percebemos que algumas ideias que temos sobre ela não passam de uma pequena parte de seu potencial gerador de signos e relações criativas. Dessa forma, optamos por jogar com todas as ideias que tínhamos pré-estabelecidas sobre as Alices de Carroll e também com a linguagem com a qual ele estabelece em seus dois livros utilizados para construir essa encenação”, explica Max Reinert, diretor do espetáculo, que conta com Denise da Luz, Jônata Gonçalves e Cidval Batista Jr no elenco.

Estreado em junho de 2013, "Um, Dois, Três: Alice!" já passou por mais de 16 eventos e festivais de teatro. Se apresentou em mais de 30 cidades catarinenses e também nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal, tendo realizado mais de 60 apresentações.

Reciclando com Arte chega à sua Quarta Etapa


Iniciativa tem patrocínio da Petrobras para levar a escolas apresentações de teatro que discutem sustentabilidade ambiental

Patrocinado pela Petrobras, o projeto “Reciclando com Arte” tem sequência nesta segunda-feira (5/10) com apresentação do espetáculo teatral “Cabeça de Papel”, da Téspis Cia. de Teatro, para escolas da rede municipal de Itajaí. Até ano que vem, cerca de 22 mil alunos do ensino fundamental e educação infantil de 20 bairros da cidade irão assistir às apresentações. Para a construção das personagens e cenários, utilizou-se materiais que vão desde sacolas plásticas a um chuveiro velho. O projeto foi um dos cinco selecionados em Santa Catarina pelo Programa Petrobras Socioambiental.

O espetáculo conta a história de Cabeça de Papel, que vive num lixão e se alimenta do que as pessoas jogam fora. Ele nasce como uma pequena caixa de papelão, e à medida que se relaciona com outros seres vai ganhando formas: braços, pernas, corpo e cores; passa por várias fases como infância, adolescência e idade adulta.

Dessa forma, apesar de ser ‘um boneco de sucata’, ele transita por todas as fases do desenvolvimento humano, para provocar justamente a empatia na plateia, que através de um comportamento reconhecível, pode identificar-se com a personagem”, explica a coordenadora do projeto, Denise da Luz.

Toda a peça foi pensada para discutir questões de sustentabilidade de maneira lúdica. Para tanto, foi criada uma personagem que nasce e se desenvolve a partir do lixo e transforma sua realidade sem necessariamente sair dela.

Até chegar à versão final do boneco Cabeça de Papel, feito de caixas de papelão e tinta, foram testados cerca de quatro protótipos para experimentar como funcionariam em cena e qual o melhor para manipular. O processo de montagem de todo o cenário durou aproximadamente três meses e a base é feita de alumínio e madeira, coberto por um tecido com sacolas plásticas coladas e finalizado com tinta.

O espetáculo tem direção artística de Max Reinert e a atuação dos atores/manipuladores Jônata Gonçalves, Cidval Batista e Monique Neves.


Workshop e oficinas
Além das apresentações teatrais, os alunos participarão de workshop de construção de bonecos de sucata, que também serão levadas a 500 professores de Educação Artística e do ensino fundamental. A intenção é discutir a importância do reaproveitamento de materiais recicláveis.

É importante que os professores estejam preparados para dar continuidade à discussão e conscientização da proposta do nosso projeto. Com as oficinas, os profissionais poderão aplicar as técnicas em sala de aula”, diz Denise.

Programa Petrobras Socioambiental
Por meio do Programa Petrobras Socioambiental, a Petrobras investe em projetos de todo o país, com foco nas seguintes linhas de atuação: Produção Inclusiva e Sustentável, Biodiversidade e Sociodiversidade, Direitos da Criança e do Adolescente, Florestas e Clima, Educação, Água e Esporte.

Programação de outubro
Dia 05 de outubro (2ª feira) 10h e 14h
G. E. Guilhermina Büchele Müller - Rua Abraão Bernardino Rocha, 150, Fazenda.

Dia 08 de outubro (5ª feira) 10h e 14h
G. E. Carlos de Paula Seára - Rua Pedro José João, 237, Nossa Senhora das Graças.

Dia 09 de outubro (6ª feira) 10h e 14h
E. B. Profª Maria Rosa Heleno Schulte - Rua Fermino Vieira Cordeiro, 2165, Espinheiros.

Dia 14 de outubro (4ª feira) 10h e 14h
E. B. Tereza Bezerra de Athaíde - Rodovia Jorge Lacerda, s/nº, Espinheiro Cima.

Dia 16 de outubro (6ª feira) 10h e 14h
E. B. Francisco Celso Mafra - Av. Itaipava, 4.107, Itaipava.

Dia 26 de outubro (2ª feira) 10h e 14h
CEDIN Lucy Canziani - Rua Pedro Joaquim Vieira, 337, S. Judas.

Dia 28 de outubro (4ª feira) 10h e 14h
E. B. Profª Judith Duarte de Oliveira - Av. Itaipava, 2.125, Itaipava.

Dia 30 de outubro (6ª feira) 10h e 14h
E. B. Maria Dutra Gomes - Rua Jacob Ardigó, 117, Dom Bosco.


domingo, 4 de outubro de 2015

Últimas duas apresentações da temporada de estreia de "Tomara que não Chova!"

Foto: Julian Cechinel




Após realizar 08 (oito) apresentações pelos bairros da cidade, a Téspis Cia. de Teatro chega ao final de sua temporada de estreia do espetáculo "Tomara que não Chova ou a incrível história do homem que se transformou em cachorro".

Nos dias 06 e 07 de outubro (terça e quarta feiras), estaremos no Teatro Municipal de Itajaí, as 20h, dentro da programação do projeto Aldeia Palco Giratório, promovido pelo SESC-SC. A distribuição de ingressos será feita 01h (uma) antes do início da apresentação e estão limitados a 100 pessoas por dia.

"Tomara que não Chova ou a incrível história do homem que se transformou em cachorro" fala de um homem, desempregado há muito tempo, que encontra como única oportunidade de trabalho tornar-se “cachorro do vigia noturno”. Ciente de suas necessidades e convicto de não ceder às pressões que a nova profissão apresenta, o homem aceita o trabalho. Mas a chuva o obriga a se sujeitar a condições degradantes. Quanto tempo é necessário para que ele se acostume com essa nova condição? E, depois que ele adquira esse hábito, será possível voltar a ser homem?

O motivo da plateia estar limitada a 100 pessoas é porque a Téspis decidiu sair do palco italiano para se aventurar no formato de espaço cênico alternativo, utilizando-se de um corredor ou passarela ao meio onde é realizada a ação cênica, com o público sentado nos dois lados. “Tomara que não chova!” dá continuidade à pesquisa de linguagem contemporânea na qual a companhia vem investindo nos últimos trabalhos, abordando temas polêmicos, mas sempre com doses de humor e ironia. Mais uma vez, experimenta uma linguagem com utilização de recursos tecnológicos como imagens, projeções e sons (ambientação sonora). "Esse tipo de espetáculo atrai, entre outros, o público jovem, que está acostumado a uma rotina mais dinâmica devido à influência dos aparelhos eletrônicos que invadiram a vida moderna; com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. A gente tem conseguido dialogar com este público porque tem dado mais ênfase ao acontecimento do que à história contada com início, meio e fim”, comenta o dramaturgo e diretor do espetáculo, Max Reinert.

Foto: Julian Cechinel

Ficha técnica
Dramaturgia e Encenação: Max Reinert
Atuação: Denise da Luz e Jônata Gonçalves
Ambientação Sonora: Hedra Rockenbach
Figurinos: Denise da Luz Costuras: Lélia Machado de Melo
Máscaras e escultura: Mauro Caelum
Cenotecnia: Cidval Batista Jr.
Fotos: Julian Cechinel
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: a partir de 12 anos
Produção: Téspis Cia de Teatro
Projeto selecionado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura 2014, através da Fundação Cultural de Itajaí, Prefeitura de Itajaí
Patrocínio: Brasfrigo S. A.
Apoio: Sesc Itajaí